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domingo, 28 de julho de 2013

Pliometria | Desenvolvimento Máximo da Potência

como fazer para pular mais alto
Os resultados do treinamento de impulsão são em longo prazo.
Um atleta para desfrutar de todos as vantagens de músculos potentes deve treinar durante 8 anos em um planejamento de longo prazo. O treinador tem a necessidade de estabilizar uma lista de exercícios de pliometria em progressão. Os planejamentos em longo prazo precisam de certos ajustes, contudo a fiel prática dos exercícios propostos trará resultados surpreendentes.
A progressão dos exercícios da lista abaixo é do simples para o complexo, do baixo impacto para o salto reativo. Lógico que em alguns casos tanto a maturação e idade, quanto a especificidade de cada esporte e o nível de experiência no treinamento de potência podem alterar o estímulo oferecido. 
A tabela tem a relação da idade com a intensidade e exercícios oferecidos. Devemos levar em conta o histórico do atleta para localiza-lo na fase correta. O mais importante é a quantidade de tempo que desenvolve esse tipo de treinamento.
O treinador deve agora decidir quando começar e qual a distribuição dos exercícios. A paciência deve andar de mãos dadas com as intenções do treinador, pois somente assim produzirá atletas sem lesão.
Pessoalmente apliquei essa lista em muitos atletas que treinaram comigo e o resultado é impressionante. Garotos que começaram o treinamento com 16 anos e  agora com 21 anos de idade apresenta um nível de potência acima da média.

Exercícios para aumentar a impulsão
Tabela modificada do BOMPA (2001)

FONTE:
BOMPA, T. O., 1932. Treinamento de Potência para o Esporte: Pliomeria para o desenvolvimento máximo de potência. São Paulo. Ed Phorte, 2004 il.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sistema Esportivo Brasileiro - a Escravidão Continua

O Sistema Esportivo Brasileiro é um tiro no pé dos atores principais - os atletas. Participam por amor ao esporte ou muitas vezes por não saber fazer outra coisa, o que chamo respectivamente de amadorismo e sobrevivência. Os Clubes querem vencer, portanto começam a especializar os jogadores desde o sub-14. Lindo os discursos que desmentem a especialização precoce, mas na hora do vamos ver é a vitória que importa. Ou a cabeça do profissional a frente vai rolar! Quanto mais se aproxima do adulto, menos atletas ficam. Pergunto: e os atletas que se dedicaram ao clube e pararam de estudar pela carga de treinamento e não tem mais oportunidade de jogar? Simplesmente param? O que levam além das lembranças? Enquanto eram necessários para o time estavam lá, no máximo uma ajuda de custo (já vimos que contrapartidas não motivam intrinsecamente) para compensar. E agora vão fazer o que da vida?
Há quem o diga que é a cultura que nos leva ao sistema de clubes. Lembrando que a definição de cultura é: conjunto de crenças e costumes da sociedade. Respeito a opinião contraria, mas compreendo que é uma questão de gestão esportiva e legislação. Com uma estrutura diferenciada, profissionais gabaritados e um caminho certo para se chegar ao profissional conseguiríamos fortalecer o esporte de base dentro das escolas e universidades e assim também fortalecer o esporte do clube/empresa que utilizaria seu orçamento somente com os adultos.
Clubes que trabalham com a LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE - LIE oferecem a bolsa aprendizagem que garante uma ajuda de custo, desde que o atleta esteja matriculado na escola. Todavia garante apenas até os 21 anos. Pergunto novamente: todos tem acesso a Clubes Sociais que oferecem esporte de qualidade (geralmente Clubes frequentados pela classe média alta)? Precisamos massificar o esporte brasileiro.
A proposta não é acabar com o Sistema Clubista, contudo fortalecer o Sistema de Esporte Educacional  que também tem condições de desfrutar da LIE e estruturar os espaços físicos, remunerar os profissionais e comprar seus materiais esportivos para oferecer um desenvolvimento esportivos de qualidade. Assim os Clubes focariam seus esforços e investimentos para ações de gestão profissional e participação nas Ligas Esportivas, além de também desfrutar da LIE.
O Sistema do Esporte Educacional consegue garantir participação para todos, pela enorme quantidade de Instituições de Ensino Municipal, Estadual e Federal, do Ensino Fundamental ao Ensino Superior. Além da pratica do esporte garantiríamos a frequência dos atletas nas escolas e universidade, aos que mantivessem os propósitos. Quando começasse a formar atletas nas Universidades com 22 anos, esses estariam maduros o suficiente para assumir compromisso profissionais com Clubes/empresas por 10 a 15 anos e depois retroalimentar o Sistema Esportivo com propriedade de causa como: treinadores, jornalistas, fisioterapeutas, gestores, advogados, médicos etc. em alguns anos estaríamos com Ligas altamente profissionais (com mão de obra mais especializada) e com uma economia mais forte.
As próprias Federações Esportivas do Sistema de Clubes não conseguem cuidar de todas as categorias por falta de pessoal e dinheiro. Por que não deixar com as Federações de Esporte Educacional promover? Mesmo assim nossas Instituições administrativas do esporte necessitam de gestões mais profissionais para atrair o público-alvo que são as Escolas e Universidades.
Posso ouvir comentários do tipo - Já existem os campeonatos educacionais, como as seletivas locais e os nacionais como as Olimpíadas Escolares Brasileiras - JEB's - respondo - quantos desses atletas treinam exclusivamente nas escolas e universidades e quantos se formam e graduam?  Enquanto houver Clubes com interesses em formar atletas desde as categorias de base é lógico que inibirá o Sistema de Esporte Educacional a melhorar.
Segundo o site da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal são 29 estabelecimentos de ensino médio público existentes no DF. Sem contar com as Instituições Particulares. A conta é simples:

29 CEM x 3 categorias x 10 atletas x 4 modalidades esportivas = 3480 atletas (se contarmos os generos teremos que multiplicar por 2)

Observação.: Levando em consideração os esportes coletivos de quadra (Futsal, voleibol, basquetebol e handebol) com aproximadamente 10 atletas por equipe e 3 categorias (sub 15, sub 16 e sub 17).

Os atletas advindos do Ensino Médio do DF tem a oportunidade de 99 Instituições de Ensino Superior-IES que funcionam no DF, a distancia e presencial , cadastradas no MEC. Se fossemos contar apenas com as presenciais teríamos 77 IES. Claro que nem todos teriam esportes no inicio, mas com o tempo veriam uma oportunidade impar de trabalhar o marketing esportivo (necessidade dos clientes em continuar a praticar esporte).
Agora compare quantos Clubes existem no DF. Qual dessas Instituições (Clube x Instituições de Ensino) apresentam um orçamento maior.
Faça o calculo em seu Estado, que com certeza é maior que o Distrito Federal, e veja o que estamos perdendo.
O sistema de Clube/empresa e sistema de ensino não deveriam se misturar. Deveriam sim se complementar. Atletas precisam desenvolver seu lado cognitivo para render ainda mais, saber dar declarações e garantir sua vida pós-esporte. O esporte do sistema de ensino deveria ser uma via de acesso obrigatória aos atletas.
Precisamos que a Lei de Diretrizes Básicas - LDB incentive os estabelecimentos de ensino a oferecer o esporte educacional. A estrutura e contratação de profissionais podem ser pagos pela mesma LIE que garante que esses estabelecimentos de ensino possam desfrutar dessa Lei.
Caso a pensar, não é senhores legisladores e executivos!
As Instituições de Ensino Superior também podem receber incentivos fiscais para trabalhar o esporte, além de poder desfrutar da LIE. Ai sim poderão escolher os melhores jogadores dando bolsas de estudo ou bolsa-atleta universitária (ao qual tenho muito carinho por ter escrito e implantado com sucesso o projeto piloto para uma Universidade de Brasília - UnB). Resultado - teremos mais um viés para graduar brasileiros e fortalecer nossa economia.